Eunuco. Será para sempre. São palavras que se enrolam na língua e esboçam-se na escrita.
Lá está ela outra vez. A esquina antiga, como se fosse um ponto de encontro de pessoas conhecidas e desconhecidas, quantos anos terá?
Fui até ao Sado.
É uma cidade eunuca, falta-lhe qualquer coisa. Ela tem um comportamento daltónico, só vê preto e branco.
Eu: cidade. Eupepsia: engole as pessoas. Eufemismo: esconde a idade. Euforia: balança na noite. Eutanásia: mata sem dor.
E depois há aqueles silvos irritantes que retumbam nos meus ouvidos.
A sina está traçada de tantas formas, que eu não sei qual seguir, mas também para quê? Para quê consumir tempo na imaginação do destino...
Quid agendum? Só gatafunhos?
Pranteia o pó que a ti te nego,
A lágrima negra que cai no rio.
Um larápio, gatuno rouba cego
Tanta beleza e arrepio
Pranteia então gotas de vento
E o prazer que s’abafou
Desamarra as cordas no momento
Retira a vida a quem roubou!
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