sábado, 3 de abril de 2004

Exórdio

Começar é continuar, ideias brilhantes, sensações extravagantes.
Quebro e arrebento, desfaço e enlaço, perco e ato.
Pouco entusiasmo, criatividade avassaladora.
Brilho a cor que é baça, arruíno a agilidade do ser e alimento a alma ausente.
Cai então a noite fria e negra, desperta a Lua e cai o Sol.
O castelo nasce agora iluminado, eu vejo-o da minha janela, macambúzio, como um sonho já passado que se evapora com pressa.
Actua a mais densa ventania, para que a minha fusta se mantenha no caminho.
É uma embarcação realista e permanente, onde o vento bate e de repente, alonga a vela sem rumo.
Leva-me onde eu quero e não posso, onde posso e não quero.
Hiperbolismo, nada pode ser assim tão bom...
Quiçá a origem pode ter sido tão importante para ti ou para mim.
Questionável?...

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